A viagem do navegador Vasco da Gama foi um dos grandes feitos dos Descobrimentos europeus. Em 1497, uma frota de quatro caravelas partiu de Lisboa com o objetivo de contornar África e, atravessando um oceano desconhecido, alcançar a Índia, onde as cobiçadas especiarias eram abundantes.
Em julho de 1499, Dom Manuel I enviou uma carta aos Reis Católicos informando que Vasco da Gama, um fidalgo da sua corte, havia retornado a Lisboa após uma viagem de dois anos pelo oceano, durante a qual “encontrou e descobriu a Índia e outros reinos e senhorias vizinhas”.
Na rota de regresso, a nau capitaneada por Coelho chegou a Lisboa nos primeiros dias de julho, enquanto Vasco da Gama fez uma paragem na Ilha Terceira, nos Açores, para cuidar de seu irmão Paulo, que acabou por falecer e ser enterrado aqui.
Vasco da Gama ficou na Terceira entre 1 e 3 meses, profundamente abalado pela morte do irmão. Finalmente, chegou a Lisboa, onde foi calorosamente recebido e reconhecido por Dom Manuel como o grande descobridor da rota marítima para a Índia.
Organizou mais duas viagens ao Oriente, uma delas apenas dois anos depois da primeira expedição, e uma terceira em 1524, quando já tinha mais de 50 anos. Nomeado vice-rei da Índia, partiu na sua última viagem. No entanto, contraiu malária em Goa e faleceu três meses depois, em Cochim, em 24 de dezembro de 1524. Os seus restos mortais foram transladados para o Mosteiro dos Jerónimos em Belém, um monumental edifício construído por Dom Manuel em 1502 para comemorar a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, tornando-se um símbolo da era dos Descobrimentos portugueses.