Puedes quitar a Mónica de la Terceira, pero nunca la Terceira de Mónica. La isla está grabada en mí y siempre me acompaña, en sus paisajes, en sus vivencias, en las vivencias que guardo como recuerdos, en la familia que allí vive, en la nostalgia que me hace volver cada año, a sentir su silencio, bañada por el olor del mar.
Nasceu e viveu até aos 18 anos na freguesia do Raminho. A ilha Terceira é um dos seus lugares do coração, porque lá nasceu, mas também porque a experiência de vida fez ver o quão bonita é a sua terra. Por mais que já tenha viajado pelos quatro cantos do mundo, tem plena consciência que “os Açores são ímpares em beleza, em natureza, e que a Terceira é “um cantinho do céu”, pelas suas paisagens e, claro, pelas suas gentes, tão afáveis e acolhedoras”.
Na ilha elege dois lugares como seus. “O meu Raminho e os meus Biscoitos – as piscinas naturais para onde vou desde que me lembro de ser gente e que conheço como a palma das minhas mãos.”
Se um amigo de Mónica Lice for visitar a Terceira, recomenda a visita ao Algar do Carvão, às piscinas dos Biscoitos, passear pelas ruas de Angra, baía da praia, a vista da Serra do Cume, “perfeita para uma fotografia tipo postal”, os restaurantes típicos, onde se come o melhor peixe e a melhor alcatra, e o pôr do sol, visto na Mata da Serreta.
Gosta muito das festas do Senhor Espírito Santo, onde tenta participar, sempre que possível, mas o Carnaval é, sem dúvida, umas das suas festas de eleição. “Amo de paixão as danças e bailinhos – onde participei ativamente até vir estudar para Lisboa.”
As festas da sua freguesia, o Raminho, têm sempre um gostinho especial, que, neste momento, já tenta passar às suas filhas, fazendo questão que as férias de verão coincidam com o final de agosto, que é a altura em que elas decorrem. Também é fã das Sanjoaninas – que acompanha à distância, mas que lhe tocam sempre o coração.
A Alcatra e as Sopas do Senhor Espírito Santo, são os pratos que a deixam com mais água na boa, mas diz que ” qualquer prato de carne, das nossas vacas, é sempre delicioso, assim como o peixe e marisco, fresquíssimo e muito saboroso”. Também delira com o queijo e com a massa sovada.
Tem várias histórias divertidas vividas na ilha, porque 18 anos da sua vida foram passados na Terceira. Destaca uma atividade diferente, que lhe é particularmente especial: a Procissão dos Abalos, que tem lugar no Raminho, uma vez por ano, na altura da primavera. Começa de madrugada e percorre parte da freguesia (cerca de 6 km), até à Mata da Serreta, onde decorre uma celebração rápida. É uma procissão especial, pelo seu simbolismo, e particularmente bonita, pela vista que permite alcançar-se. Mónica desafia todos os crentes a fazê-la, pelo menos uma vez na vida.
Um dia perfeito na Terceira é para ela passado em família, e deve incluir um mergulho nos Biscoitos, uma refeição de peixe fresco com vista para o mar, um passeio pelas ruas de Angra e terminar com um bailarico, numa festa popular numa qualquer freguesia.
Por Mónica Lice, 38 anos, blogger e empresária