O Palácio dos Capitães-Generais, localizado na freguesia da Sé, no centro histórico da cidade e concelho de Angra do Heroísmo, é uma magnífica edificação, de consideráveis dimensões, que testemunha o poder económico da cidade ao longo dos séculos.
A construção do edifício foi autorizada pelo Rei D. Sebastião em 1572, como um presente para a então importante Companhia de Jesus, concebido como convento e colégio, refletindo ainda hoje a intenção primordial da vinda dos jesuítas para esta ilha: educar, instruir e catequizar.
Em 1760, ocorreu a expulsão dos jesuítas da Ilha Terceira e, em 1766, o Marquês de Pombal estabeleceu uma nova organização administrativa, civil e judicial para o Arquipélago, centralizada na cidade de Angra e personificada na figura do Capitão-General. O antigo colégio foi gradualmente transformado em residência palaciana durante o período da Capitania-Geral.
O Palácio abriga notáveis obras de arte e mobiliário, incluindo uma coleção interessante de azulejos, pinturas, esculturas, entre outras riquezas, sendo classificado como um Monumento de Interesse Público. Destaca-se a Sala dos Reis, adornada com retratos a óleo em tamanho natural dos Reis da Dinastia de Bragança.
Por duas ocasiões, serviu como Palácio Real: em 1832, durante o reinado de D. Pedro IV, testemunhando os avanços da Monarquia Liberal; e em 1901, no reinado de D. Carlos I.
Visitas Guiadas: Diariamente, mediante um pequeno custo adicional, são realizadas visitas guiadas em diferentes idiomas.
Retratos em Tela a Óleo
Na Sala dos Reis de Bragança, também conhecida como Sala das Carrancas e Salão de Baile, destacam-se dez retratos em tela a óleo, em tamanho maior que o natural, dos monarcas da dinastia de Bragança. Foi neste amplo salão que Pedro IV de Portugal ofereceu um esplêndido baile em 4 de abril de 1832, no aniversário de sua filha, Maria II de Portugal.