A Tourada é ancestral e a ilha mantém várias ganadarias activas. A actividade divide-se em touradas de praça e as típicas touradas à corda, em que o touro corre pelas ruas da localidade preso por uma comprida corda segura por um grupo de homens, conhecidos como os pastores. A época taurina decorre entre 1 de Maio e 15 de Outubro.
Retoma em Maio 2025
A tourada à corda é considerada a maior manifestação de caráter popular dos Açores, sendo um espetáculo específico desta região, principalmente do Grupo Central, com particular expressão na ilha Terceira. Tem como elemento central o Toiro Bravo, que é idolatrado pelas nossas gentes e por todos os que nos visitam.
Realizam-se touradas à corda nas ilhas de São Jorge, Graciosa, Pico e Terceira, sendo esta última a ilha que regista o maior número de espetáculos por ano, com mais de 200 festejos.
Tal é a importância do gado bravo no imaginário popular terceirense que se atribui aos toiros a vitória na Batalha da Salga, a 25 de julho de 1581, ao expulsarem as tropas invasoras castelhanas, Assim, a ilha Terceira ficou registada na História como o último reduto português a resistir ao domínio Filipino. Por este facto, estão também representados (os toiros) no brasão da Região Autónoma dos Açores.
A primeira referência à tourada à corda surge, apenas, em 1622, por ocasião das celebrações, em Angra, pela canonização de São Francisco Xavier e de Santo Inácio de Loyola. Nessas celebrações “correram-se” toiros de corda pelas ruas da cidade. Porém, acredita-se que já existiam estas manifestações populares muito antes.
Não obstante a origem da tourada à corda se perder na memória dos tempos, este espetáculo de cariz popular encontra-se, atualmente, devidamente legislado com um conjunto de normas que garantem o seu bom funcionamento, a saúde e o bem-estar do animal, bem como a segurança da população.